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Brasileira cita Capitão América para explicar criopreservação, e vence competição para tornar a ciência mais clara à população

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Brasileira cita Capitão América para explicar criopreservação, e vence competição para tornar a ciência mais clara à população


Além de Gabriela Ramos Leal, outros três pesquisadores também venceram pelo voto do público: Sauradeep Majumdari (Suíça), Rebecca Ellis (Reino Unido) e Ahmed Maani (Catar). Gabriela Ramos Leal, 34 anos, venceu a Famelab 2020 pelo voto popular
Divulgação
Por trás da história do Capitão América – que ficou congelado no fundo do oceano por 70 anos, e voltou à vida como se o tempo não tivesse passado – há ciência. Foi usando este exemplo pop para explicar o conceito científico da criopreservação que a médica veterinária Gabriela Ramos Leal, de 34 anos, venceu uma competição internacional de comunicação científica, pelo voto popular, a Famelab 2020.
O objetivo da competição, que envolveu pesquisadores de 32 países, é estimular cientistas e pesquisadores a traduzirem os conceitos científicos em uma linguagem acessível à população.
“Quando você faz a pessoa entender o impacto da pesquisa científica na vida dela, ela passa a valorizar. É importante, justamente porque aquilo que a gente desenvolve em laboratório é feito para a sociedade, que paga e financia essas pesquisas”, afirma Leal.
Apresentador do Famelab anuncia Gabriela Leal, 34 anos, como vencedora no voto popular. Edição foi virtual devido à pandemia.
Reprodução/Youtube
Se a pesquisadora falasse sobre o congelamento de embriões para melhorar a estrutura genética de um rebanho, por exemplo, talvez poucas pessoas se interessassem. Mas a ciência por trás do método pode despertar a atenção de muitos, basta saber contar uma história, afirma.
“Gosto de contar histórias, e quando você pega e conta uma história sobre aquele conceito científico e consegue chamar a atenção da pessoa para isso, você consegue uma conexão”, fala.
“A criopreservação é uma forma de conservação pelo frio. Não usamos gelo, mas são temperaturas muito baixas. Sempre uso como exemplo o Capitão América, da Marvel. Ele afundou no oceano, voltou 70 anos depois com a mesma cara, sem um fio de cabelo branco, como se não tivesse passado nenhum dia dele. Esse é o processo pelo frio”, explica.
Pôster de ‘Capitão América: o primeiro vingador’
Divulgação/Marvel
“As baixas temperaturas param o metabolismo, as reações que acontecem dentro das células. Justamente por isso, aquela estrutura congela. A criopreservação, é como se o tempo parasse”, afirma.
Doutora em reprodução animal e professora da Universidade Castelo Branco (UCB), no Rio de Janeiro, Leal usa a criopreservação em suas pesquisas para congelar embriões e óvulos.
“A diferença do que faço para o Capitão América é que a gente não consegue fazer isso com corpos inteiros, somente com estruturas menores”, afirma.
Ciência nas escolas
Imagem de arquivo, anterior à pandemia, mostra estudantes em laboratório de ciência.
Dioneia /Arquivo Pessoal
Ciência sempre foi a matéria que Gabriela Leal mais gostava na escola, ao lado de língua portuguesa. Não à toa, as duas habilidades se uniram para que ela vencesse a premiação.
Para ela, é na escola que o interesse inicial pela ciência deve ser desenvolvido. “Não existe momento mais apropriado para conquistar os jovens”, fala.
Mas, há entraves, como a estrutura física das escolas. Dados do Censo Escolar apontam que 38% das escolas públicas têm laboratórios de ciências, enquanto na rede privada o índice é de 57,2%.
“O que poderia ajudar [a despertar o interesse dos alunos] são as aulas práticas. Nem toda escola tem um laboratório. A prática ajuda muito a visualizar aquilo que está na teoria, e comunica a importância daquilo para o aluno”, reflete.
Conhecimento é antídoto à ‘fake news’ na pandemia
Para Leal, o conhecimento é um antídoto para não cair em notícias falsas que circulam na internet e pode trazer uma maior compreensão sobre o que está acontecendo na pandemia.
“Mais do que nunca a gente consegue observar como é importante comunicar ciência. No meio da pandemia, com uma doença nova, descobertas científicas ocorrendo a todo momento, e ainda assim há uma rede incrível de fake news, onde cada um solta uma coisa, que daqui a pouco vira verdade absoluta”, reflete.
Caso o conhecimento científico fosse disseminado, diz Leal, talvez a pandemia nem tivesse começado. Isso porque a suspeita é que o vírus, que circula entre morcegos, tenha passado para humanos por meio da alimentação, seja diretamente pelo mamífero ou pelo intermediário pangolim.
“As pessoas tiveram contato com animais silvestres, sem controle de inspeção. Nós [médicos veterinários] que fazemos o controle de inspeção não comeríamos um animal daquele porque sabemos dos riscos que pode trazer”, afirma.
Vídeos: Educação

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