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Negócios precisam combater mudança climática, diz diretor da Patagonia

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Negócios precisam combater mudança climática, diz diretor da Patagonia

Muito antes de a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) se tornar popular e os debates sobre o impacto das empresas no meio-ambiente, a Patagonia já havia liderado uma revolução em suas práticas. Foi em meados dos anos 70, quando a companhia californiana de 48 anos de existência começou a mudar as matérias-primas dos equipamentos de alpinismo que vendia.

Já nos anos 80, a empresa vinha fazendo um esforço para abandonar o uso de algodão industrializado, em busca de tecidos orgânicos e de práticas que permitissem alcançar a economia circular – outra expressão muito pouco conhecida na época.

Faz todo sentido, portanto, iniciar o evento Melhores do ESG com Vincent Stanley, Diretor de Filosofia da Patagonia, eleita Campeã da Terra pela Organização das Nações Unidas e uma das maiores referências em marcas sustentáveis do mundo.

Serão mais de 40 painéis, ao longo de cinco semanas de programação, com grandes nomes do mercado brasileiro e global que estão fazendo diferença em governança e responsabilidade social e ambiental. É o maior evento gratuito e 100% online do Brasil dedicado ao setor. E teve início às 17h do dia 3 de maio, com Rodrigo Cunha, CEO e fundador da ProfilePR, entrevistando Stanley.

“Não compre nossa marca”

O diretor da Patagonia traçou a trajetória da empresa. Lembrou do momento em que a companhia percebeu que os pitões, como são chamadas as ferramentas pregadas à montanha para dar apoio às escaladas, eram feitos de ferro e eram deixados na rocha.

“Quando você é alpinista, existe um desejo forte de preservar a natureza, o lugar onde você tem essa experiência. Percebemos que éramos responsáveis por todas as ações associadas a nossos produtos”, lembrou. Foi quando surgiram os pitões de alumínio, rapidamente adotados pelos clientes da empresa. Começou então uma trajetória de busca por ações sustentáveis que transformaram a Patagonia numa lenda.

A mesma postura levou a corporação a questionar o uso do algodão. “Acreditávamos que era a fibra mais natural e sustentável, até que inauguramos uma loja em Boston e os funcionários ficaram doentes. Descobrimos que os químicos aplicados ao tecido eram os culpados, e decidimos rever nossos processos”.

Não foi fácil. Eram poucos os fornecedores de algodão orgânico, e o produto final ficava mais caro. “Perdemos margem, mas em dois anos conseguimos recuperar o negócio. E melhoramos, porque conquistamos uma base de clientes que tinha respeito pelo consumidor que valoriza o produto orgânico”.

As ações de ESG tiveram continuidade. Durante a Black Friday de 2011, a empresa pagou um anúncio de uma página no jornal The New York Times em que pedia: “Don’t buy this jacket” (“Não compre essa jaqueta”). A ideia era chamar a atenção dos consumidores para a importância do consumo consciente.

Fim dos combustíveis fósseis

O foco permanece, diz Stanley. A empresa mira na redução do aquecimento global, com urgência. “Agora que a mudança climática se tornou um problema crônico, os negócios, além do governo e da sociedade civil, precisam se juntar. Esse é um novo início para nós, é a direção que vamos seguir”.

Para isso, diz ele, dois setores precisam ser repensados com urgência. “A grande mudança na pegada ambiental vai acontecer quando nos afastarmos do uso de combustíveis fósseis e tecidos com alta pegada ambiental.” Afinal, como ele defendeu, “a economia deveria estar a serviço da vida humana, e não a vida humana a serviço da economia”.

É preciso, disse ele, mudar o foco. “Não precisamos mais de produtos descartáveis. Precisamos de tempo para desenvolver uma economia mais racional. É um território novo, mas precisamos agir: temos poucos anos para reduzir o aumento da temperatura da Terra”.

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